#Books - As Vantagens de Ser Invisível

“Manter-se à margem oferece uma única e passiva perspectiva. Mas de uma hora para outra sempre chega o momento de encarar a vida d...



“Manter-se à margem oferece uma única e passiva perspectiva. Mas de uma hora para outra sempre chega o momento de encarar a vida do centro dos holofotes.
A luta entre apatia e entusiasmo marca o fim da adolescência de Charlie nesta história divertida e ao mesmo tempo instigante.”

Neste livro de Stephen Chobsky temos Charlie, nosso protagonista, no início de sua adolescência nos contando através de cartas ao "Querido amigo" a sua vida e sua constante luta consigo mesmo e com seus problemas a partir de seu primeiro dia no ensino médio, seu passado, seu presente, e sua esperança de futuro ainda dentro do ensino médio.
Este foi o primeiro livro em forma de cartas que li e nunca imaginei que me envolveria tanto, já que nunca me interessei pelo gênero antes. Simplesmente me encantei! Amei o enredo, a narrativa do Stephen, a construção dos personagens, o desenrolar dos conflitos. É tudo tão bem descrito e os personagens são tão fofos que me apeguei a eles, principalmente meu querido e amado Patrick.
Sei que muitas pessoas não gostaram do livro ou o acharam meio raso e fraco, e gostaria de tocar nesse ponto. Eu estou no ensino médio, portanto o universo do Charlie é parecido com o meu. Acredito que quem estiver nessa fase de transição, autoconhecimento e aprendendo a conviver com pessoas novas e situações novas vai se identificar com ao menos alguma parte do livro, ou algum personagem e vai gostar, vai conseguir sentir o que o Charlie está sentindo. Agora, se você já passou dessa fase, se olha pra trás e ri das coisas que fez na adolescência, se já viveu muito mais coisas que o protagonista talvez não se surpreenda tanto assim. É compreensível que o livro não te agregue nada de muito novo, nada muito profundo talvez.

Infelizmente, ou felizmente, perdi um pouco o tesão pelo livro depois de ver o filme. Já tinha me apaixonado pelo livro, mas achei o filme muito melhor que o livro e isso meio que me fez perder aquele apego ao livro em si. Não sei se outros concordam comigo, mas no filme eu senti mais a história em mim, me comovi mais com o Charlie e com a vida dele. No final olhei pro livro e pensei comigo mesma "Stephen, confesse, você só escreveu este livro porque queria produzir o filme depois. Você sabia que o filme seria melhor" e pra mim foi, muito melhor, muito mais vivo e apaixonante. Recomendo a leitura à todos! É um ótimo livro, que deu origem a um filme melhor ainda! E deixo para vocês a minha parte favorita do livro todo, e não, não foi a parte do "we are infinite" ou "we accept the love we think we deserve", apesar de serem outras partes que amei também.

"Acho que, se um dia eu tiver filhos e eles ficarem perturbados, não vou dizer a eles que as pessoas passam fome na China nem nada assim, porque isso não mudaria o fato de que eles estão transtornados. E mesmo que alguém esteja muito pior, isso não muda em nada o fato de que você tem o que você tem.” - Pág. 221.

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